O
rapaz subia a ladeira, pela calçada esquerda, na frente.
A
senhora subia a ladeira, pela calçada esquerda, atrás dele.
Eu
subia a ladeira, na mesma calçada, atrás de ambos.
Ele
usava roupa social e mochila nas costas, tinha o passo apressado.
Ela
usava roupas miseráveis, chapéu amarelo de político e carregava um
cabo de vassoura qual ao cajado do velho Zé Esteves do romance de
Tieta do Agreste.
Ele
estava com pressa para o trabalho, faculdade, ou compromisso.
Ela
ia catar papelão e latinhas nas lixeiras ao longo da rua.
Ele
olhou, enojado, para um monte de lixo logo à frente, na calçada.
“Que
nojo, com certeza é essa gente que revira lixeira e joga lixo na
rua!” — disse alto de modo que ela pudesse ouvir. Ouviu. — Isso
é uma droga. — continuou, limpando o nariz com um lenço de papel.
— Gente porca. — e jogou seu lenço sujo na pilha de lixo, no
chão.
— Tem
razão… — disse a mulher — … mas você também jogou! —
disse de si para si pois dessa feita o rapaz apressado, muito enojado
e revoltado, já estava bem adiante para escutar.
Oi Diego, manda um email pra mim, por favor. Só eu, Vincent na Alemanha. v.namenek@web.de
ResponderExcluir